Tudo certíssimo para um dia perfeito de pouso mas recebemos a ingrata notícia de que o “novo” velho Hércules tinha quebrado em Punta Arenas (de novo!) e não havia previsão de decolagem na parte da manhã. Em uma conversa com o coordenador do vôo, no entanto, aparentemente consegui uma vaga para retornar ao Brasil quando houvesse vôo. Dessa forma eu iria economizar em tempo e dinheiro, as custas de perder a travessia do Drake. Uma pena !
Quando já eram 12h30 passadas, logo depois do almoço, recebemos a noticia da decolagem do Hércules e que o mesmo chegaria as 15hs horário local. Corri com o resto da minha bagagem fazendo mágica para fechar tudo e exatamente as 14h15 desembarquei com todas as minhas coisas em Frei. Foi uma despedida rápida demais no navio...mesmo porque não dava tempo de fazer mais nada. Rosinha ficou a bordo e deixei para traz a possibilidade do Drake com o Ary Rongel. Mas ao mesmo tempo eu colocava um ponto final e indolor na minha participação nesta operação. (odeio despedidas !).
O vôo chegou como previsto e rapidamente embarcamos tudo (inclusive os parlamentares). Na passagem, um rápido “oi” para aqueles que chegavam, incluindo ai o Caio (que trabalha com a Rosa e comigo) e a Mônica (Bentos IOUSP). Precisariam de sorte lá (brincadeirinha rsrs).
Em 2hs de vôo avistamos o Cabo Horn e começamos a vislumbrar enormes montanhas cobertas de neve, a vista da Tierra del Fuego, e debaixo de um sol forte com 18ºC e mmmuuiiitttooooo vento, desembarcamos finalmente em Punta Arenas e quase perdi meu chapéu com tanto vento.
Meu tempo aqui foi curto: liguei para mamis, para a Mariana e para alguns amigos. Tomei um bom banho, comi algo e só deu tempo mesmo de sair na volta do quarteirão. Chegamos efetivamente ao hotel as 21hs, quando todo o comércio já estava fechado, ou seja, nada de presentes.
[ chegando no hotel depois da janta - é estranho ter "noite" rsrs ]
Foi dormir por volta da 01hs e rapidamente engatei no sono profundo até as 5hs15 quando levantei, fechei a mala, engoli um café e me aprontei na frente do hotel à espera do ônibus que nos levaria ao aeroporto. Depois de mmuuiiitttaaa zona com o embarque de bagagens, "muamba" (nem vou dizer de quem !) e andainas com as roupas antárticas, ficamos mofando umas 2 horas no aeroporto até a coordenação do vôo decidir quem embarcava onde pois um jato c-99 para os parlamentares estava aguardando na pista, mas que "não cabia" todas as bagagens e outros itens.

[ aguardando...e aguardando...e aguardando emPunta Arenas]
Acabamos por decolar para Pelotas as 11hs, o que nos colocaria em solo brasileiro somente as 5 da tarde. E foi o que aconteceu. Essas 6 horas de Hércules demoraram uma eternidade e num desconforto ampliado pela ausência de protetores de ouvido e pela saudades cada vez maior do Brasil. É incrivel como as saudades aumentam quanto mais próximo estamos do nosso destino.

[ nosso sherpa dorminhoco no Hércules rsrs mas afinal ninguém é de ferro ]

[ Terra a vista ! Baia Blanca na Argentina, bem embaixo do Hércules. Pelotas próxima ]
[ O Hércules que levou a turma de SP para o Rio (porque quebrou). O espaço nem se compara ]
[ turma do Hércules - tripulação, os paulistas+mineiro e a familia do Gen. Peternelli ]
[ mãe coruja - e filho na fase de engorda pós-antártica ]
[ já em Santos curtindo o calorzinho do verão ]