Chuva chuva chuva chuva...depois de mais de 6 horas de vôo, com várias dores na coluna (por dormir encurvado em cima das andainas) chegamos a chuvosa e fria Punta Arenas. Muita muita água e mesmo assim saimos para o tradicional "oi" ao pé do índio, na praça do centro de Punta Arenas (foto).
Compras compras compras ! parece que nenhum brasileiro consegue ir a Punta Arenas sem comprar algo. E foi isso mesmo que aconteceu mesmo debaixo de muita água. Saimos do centro e pegamos um táxi à 300 pesos por cabeça (cerca de R$ 1,20) e fomos para a zona franca. Praticamente batemos perna por cerca de 2 horas até que o cansaço acabou vencendo. Decidimos então, mesmo espremidos com os "bobs", voltar para o hotel e comer algo.
Centoia (o carangueijo gigante do sul da patagônia), salmão, "ensaladas" e um copo de pisco. Muita diversão e muita baboseira para quem estava extremamente cansado de uma viagem extenuante de Pelotas a Punta. Mesmo assim, consgui ainda ficar acordado até as 00:44 hs para escrever umas poucas linhas. Depois disso, CAMA - para acordar as 05:00 hs e pegar o ônibus até o aeroporto.
A programação foi: concentração no hotel as 0600 e vôo as 0800 com destino a Frei. Novamente consegui tirar um cochilo dentro do Hércules, me espreguiçando nas andainas, e chegamos as 10:30 hs em Frei, com temperatura de -1ºC e sensação de -10ºC por causa do vento. A foto ao lado mostra o Hércules ao fundo e muita neve pelo meio da base, mesmo em frente ao hangar. Largamos todas as coisas na base aérea e dai prá frente foi uma festa só com o reencontro de velhos amigos, alguns voltando, outros ficando.
Depois disso, alguns de nós descemos até a praia para visitar o módulo do Prof. Jefferson, na base do INACH (Instituto Antártico Chileno). Uma caminhada de dois kilômetros na neve foi o suficiente para me deixar sem folego por uns minutos. Mesmo assim subimos todos novamente a base e depois descemos de novo para a praia, para o translado até o Ary Rongel, o navio da marinha que nos apoia. Uma faina que só terminou por volta das 19:00 hs, com a nossa chegada em Ferraz, de onde eu escrevo agora.
Foi emocionante....entrar novamente depois de tantos anos na baia do Almirantado, rever as paisagens já conhecidas, até o mesmo cantinho na asa de bombordo do Ary Rongel, onde eu mais gostava de ficar observando o mar gelado.
Agora em Ferraz, preciso apenas DORMIR !!! Começa mais uma operação antártica para mim, dessa vez em uma estação completamente diferente daquela que eu conheci anos atrás. Teremos reunião de boas vindas agora na quinta pela manhã e então irei aos poucos revendo os cantos mágicos desse lugar.
Saudações ANTÁRTICAS.
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