Dia 23 - domingão. Visita dos peruanos agendada para as 10 hs com direito a churrasco, mas.....surgiu uma missão: auxiliar o projeto da Erli e da Alice na captura de skuas e gaivotas perto do Refúgio 2, cerca de 5 km da estação. Partimos rumo a Punta Plaza, mais ou menos uns 1,5 km da estação, com uma maré extremamente baixa. Aproveitamos os momentos para observar a diversidade geológica dos matacões ao longo da orla. Rochas coloridas, de várias formas e tamanhos. E quando finalmente chegamos a Punta Plaza, percebemos que muito da neve derreteu e começou a expor a rocha nua ou campos de pedregulhos. (na foto, eu sentado na borda de uma pedra que servia de ninho, enquanto que Erli (esquerda) e Alice (direita) mediam e pesavam o ovo.
Na altura de Ipanema, logo depois de Punta Plaza, encontramos um ninho de gaivota, com dois ovos. Subimos para marcar, pesar os ovos e fazer anotações, enquanto que os pais aflitos ficavam circulando na nossa volta. Logo em seguida, mais um ninho, desta vez de Sterna, e mais adiante, encontramos uma skua bem magrinha que acabou sendo capturada no laço para passar uma pequena mas importante tortura logo depois: medir, pesar, tirar sangue e amostrar as penas. Depois de várias bicadas e muita sujeira (elas fazem cocô sem parar enquanto estão presas), ela acabou sendo solta ainda em Ipanema.
Seguimos logo depois adiante, rumo ao Refúgio II e a colônia de Larus no meio do caminho. Avistamos cerca de 13 filhotes e saimos a caça dos pequenos. Foram também marcados e pesados, e logo depois soltos, sem muito stress (para eles rsrsrs !).
E quase oito horas depois, voltamos famintos e emporcalhados para a estação, mas a missão foi quase toda cumprida. Tive tempo ainda para visitar o lugar onde estava instalada a base G. Lugar mágico esse.
Saudações antárticas.
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