2ª Edição

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Boa Leitura !
André

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

The Yellow Day

Segundo dia do ano, dia normal de trabalho, e pela primeira vez meu relógio não tocou na hora marcada. Enfim, pulei da cama correndo colocando uma roupa qualquer de guerra e engoli algumas torradas no café. 08:00 hs eu tinha marcado de recuperar amostras com a Priscila, na frente do módulo de química, "dentro d'água". Vestimos um "sapão", uma espécie de roupa de borracha com pés e tudo, que evita a água entrar e congelar, e entramos nós dois na água para pegar parte do experimento dela que estava já desde o ano passado dentro d'água. Uma espécie de placa de aço inox com pequenas plaquetas de vidro, que permitem microalgas se aderirem nelas. Considerando o vento que estava fazendo e um pequeno e irritante furo no meu sapão, por onde entrava um pouco de água gelada, até que essa faina correu tranquila.


[ Mosaico de fotos tiradas no caminho de Yellow Point. Erli (esquerda) e Geraldo (direita) observam o outro lado da baia]

Voltamos para a estação e depois de mais um pouco de ralação e arrumação do camarote, parti para o almoço pois logo depois era a hora da grande caminhada - Yellow Point. Uma crista íngrime absolutamente amarela, contrastando com o basalto negro de toda a ilha. A cor amarela é por causa de minerais no solo daquele canto da Ilha. Por ser uma escarpa íngrime, a neve já tinha ido praticamente embora e conseguimos avançar bem até perto do glacier Ajax, no fundo da baia do Almirantado. A vista é divina !!!
É claro que não foi à toa ou a passeio que fomos a Yellow Point. Alice, Erli, Geraldo e eu fomos "caçar" skuas. Como já estamos bem avançados no verão, as skuas não tem muito mais tempo para procriar, então todos os ninhos e casais que encontramos estavam com ovos. Uma das skuas foi anilhada e vários ovos pesados e marcados, inclusive encontramos um ninho de "oceanites", o pequeno Petrel-de-tormenta (http://en.wikipedia.org/wiki/Oceanites) com um ovo de poucas gramas.


Várias cachoeiras no caminho se formaram com o degelo da camada de neve bem alta, sobre as montanhas atrás da estação. Em uma das paradas, não pensei duas vezes: esvaziei meu cantil e enchi com a água límpida da cachoeira. Ela tem um gosto absolutamente indescritivel !










Voltamos no fim da tarde com uma sensação de paz. Esse lugar é um templo de meditação.
Agora é descansar porque amanhã tem mais trabalho que o normal !

Um comentário:

  1. Olá André!
    Talvez não lembre de mim, me chamo Jessika, fui sua aluna em 2007 no curso de Gestão Ambiental na Unimonte. Vi uma reportagem em algum jornal semana passada sobre sua viagem, mas somente hoje tive tempo pra procurar seu blog. Realmente deve ser divino estar aí, por toda experiência, trabalho, situações, histórias, fotos, enfim, por tudo, principalmente fugir desse calor horrível que está fazendo aqui na baixada, ninguém merece sair de casa com 38º na cabeça rsrs. Saiba que você está realizando o meu sonho rs, do qual não pretendo desistir até realizá-lo! rs. Bom, estarei visitando o blog sempre que possível, boa semana gelada! Até mais!

    Jessika Milena, Praia Grande.

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