acordar cedo depois de uma noite não muito bem dormida é uma tarefa complicada. Mas o dever nos chama e a única alternativa é deixar para dormir cedo hoje. Já durante o café da manhã recebemos as instruções do dia: saída conjunta de dois botes. A faina era: (a) deixar Erli, Alice e Geraldo no Refúgio II para o trabalho delas com as aves, (b) Escoltar o Bote 01 com Chefe, Doc, Neusa e Edson até a base peruana de Machu Pichu e para nós o mais importante (c) coletar material na enseada Mackelar.
Pontualmente as 10 hs iniciamos nossa jornada, após uma breve guerra de neve na praia. A baia estava repleta de pedaços de gelo de todos os tamanhos e com alguma dificuldade, conseguimos avançar pela costa em direção ao Refúgio II. Grandes blocos de gelo na praia atrapalharam um pouco o desembarque, mas nada que com paciência não se resolvesse. Logo após, deixamos o Bote 01 em Machu Pichu e seguimos pela costa em direção à geleira, ao fundo da base peruana. Um lugar com águas tão cristalinas que eu quase mergulhei por inteiro na água, na hora de atracar o barco na praia, achando que era raso.
Em pouco tempo, percebemos que ali não encontrariamos os organismos que precisávamos, e decidimos seguir em direção ao fundo da enseada em busca de uma praia melhor. Bem no meio da geleira fragmentada da Enseada Mackelar, encontramos uma praia calma, onde a geleira chegava bem mais suave ao oceano. Paramos por um tempo ali, na busca de mais organismos. Novamente percebemos que não havia nada por lá ! (mas que coisa!). Um pequeno levantamento na área revelou um lago profundo, parte congelado, resultado da regressão da geleira que se levantava atrás de nós. Na foto ao lado, Stauffer e eu estávamos testando o fundo do lago. À menos de 2 metros da borda, a profundidade já era maior que 1,5 metros.
Com o total insucesso da expedição, decidimos voltar a Machu Pichu onde nos encontrariamos com o Chefe e o pessoal do Bote 01. Combinamos com eles via rádio um tempo de 30 minutos, suficiente para se arrumarem, e enquanto isso, decidimo explorar o fundo da geleira em uma parte de um azul profundo, resultado de gelo muito antigo. Nos aproximamos devagar do ponto escolhido, pois a área era bastante rasa e com pedras aflorando em uma praia cheia de pedregulhos e matacões. Para a nossa surpresa, a água cor leitosa revelou uma quantidade absurda de plancton, mais especificamente uma espécie de Anfípoda chamada Waldeckia obesa (http://www.naturalsciences.be/amphi/waldeckia.htm). Coletamos um frasco cheio até o topo e partimos rapidamente para Machu Pichu para encontrar nossos colegas.
Como ainda era cedo, decidimos esticar até ponta Hennequin, enquanto que o bote 01 retornava à Ferraz. Não ficamos mais do que 20 minutos por ali, devido a ausência (de novo) dos organismos que buscávamos e, tirando algumas belas fotos do local, Ponta Hennequin se mostrou pobre em termos de macrozooplâncton.
Em pouco tempo, percebemos que ali não encontrariamos os organismos que precisávamos, e decidimos seguir em direção ao fundo da enseada em busca de uma praia melhor. Bem no meio da geleira fragmentada da Enseada Mackelar, encontramos uma praia calma, onde a geleira chegava bem mais suave ao oceano. Paramos por um tempo ali, na busca de mais organismos. Novamente percebemos que não havia nada por lá ! (mas que coisa!). Um pequeno levantamento na área revelou um lago profundo, parte congelado, resultado da regressão da geleira que se levantava atrás de nós. Na foto ao lado, Stauffer e eu estávamos testando o fundo do lago. À menos de 2 metros da borda, a profundidade já era maior que 1,5 metros.
Com o total insucesso da expedição, decidimos voltar a Machu Pichu onde nos encontrariamos com o Chefe e o pessoal do Bote 01. Combinamos com eles via rádio um tempo de 30 minutos, suficiente para se arrumarem, e enquanto isso, decidimo explorar o fundo da geleira em uma parte de um azul profundo, resultado de gelo muito antigo. Nos aproximamos devagar do ponto escolhido, pois a área era bastante rasa e com pedras aflorando em uma praia cheia de pedregulhos e matacões. Para a nossa surpresa, a água cor leitosa revelou uma quantidade absurda de plancton, mais especificamente uma espécie de Anfípoda chamada Waldeckia obesa (http://www.naturalsciences.be/amphi/waldeckia.htm). Coletamos um frasco cheio até o topo e partimos rapidamente para Machu Pichu para encontrar nossos colegas.
Como ainda era cedo, decidimos esticar até ponta Hennequin, enquanto que o bote 01 retornava à Ferraz. Não ficamos mais do que 20 minutos por ali, devido a ausência (de novo) dos organismos que buscávamos e, tirando algumas belas fotos do local, Ponta Hennequin se mostrou pobre em termos de macrozooplâncton.
[ Rosinha olhando pela janela de um bloco de gelo ]
[ Foca de Weddell dormindo em Hennequin - Priscila é que acordou ela para tirar fotos ]
Já que estávamos por lá mesmo, decidimos fazer o caminho mais longo de volta a estação, via Botany Bay, dessa vez na praia bem em frente ao glacier. Esse lugar é conhecido pela ocorrência de fósseis vegetais, impressões de plantas que ficam marcadas entre as rochas que encontramos espalhadas pela praia. Na verdade, mesmo depois de muita procura, não conseguimos encontrar nenhum fóssil, e, para variar, também não vimos grandes organismos pela praia, apenas filamentos de algas.
Decidimos então encerrar nossa faina do dia, retornando à estação, mas com uma encomenda: blocos de gelo azul para a festa que vai haver no sábado. Stauffer e eu pegamos alguns blocos pesados e com alguma dificuldade, colocamos no bote, sob o apoio moral de Priscila e Rosa.
Depois disso não há muito mais que contar: Aportamos as 17 horas, cansados, e após isso banho, comida e cama ! e uma tremenda dor nas costas, resultado de um dia puxado de trabalho.
Mas a certeza é de que amanhã tem mais.
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